For the Record: Exploring variability in interpretations of police investigative interviews
Recent research (Haworth 2018) has demonstrated how investigativeinterview data are (unintentionally) distorted as they pass through the criminaljustice system, and the survey-based experiment we present here was designedto test our hypothesis that various aspects of the processing of police-suspectinterview data may have an impact on the quality of the official evidentialdocument produced. The quantitative and qualitative findings from thisexperiment shed light on, and provide a sound evidence base for this claim, ratherthan leaving it as an untested assumption. The experiment was designed totest each key aspect of the current process of the production of routine writtentranscripts of investigative interviews (ROTIs), focusing on the conversion fromspoken to written format, and the use of different transcription conventions, andit has enabled us to investigate which changes make the most difference in termsof the evidential quality of the end product, in order to effect a change in practicewhich will reduce or eliminate the effect of those changes. Our findings suggestthat when presented with a transcript of a police interview, we are significantlymore likely to (1) perceive the interviewee as anxious and unrelaxed, (2) interpretthe interviewee’s behaviour as being agitated, aggressive, defensive, and nervous,(3) determine that the interviewee is un-calm and uncooperative, and (4) deemthe interviewee’s version of events to be untrue, than we are if we listen to theoriginal audio recording. Moreover, subjects identified (a) consistency, (b) phraseand lexical choice, (c) emotion (crying/upset), (d) hesitation and/or pauses assignificant factors influencing participants’ perception and interpretation of theinterviewee and their story. This is particularly concerning as the latter twofeatures are not currently routinely included in police transcripts, and Haworth(2018) illustrates multiple ways in which transcripts might differ from the originalaudio recordings they are intended to replace, with respect to words and phrases,as well as general content. The findings presented in this paper provide a strongmotivation for further research into how we capture spoken interaction in legalcontexts, and they constitute something of a mandate for reform with respect tothe transcription of police interviews in the UK.
Investigação recente (Haworth 2018) mostrou como os dados das entrevistas policiais são (involuntariamente) distorcidos durante o processamento pelo sistema de justiça criminal. O inquérito experimental que apresentamos neste artigo procura testar a nossa hipótese de que vários aspetos do tratamento dos dados das entrevistas policiais com os suspeitos podem influenciar a qualidade da prova oficial. Os resultados quantitativos e qualitativos desta experiência elucidam-nos e fornecem uma fundamentação sólida para esta assunção, até agora não testada. A experiência foi concebida para testar todos os aspetos centrais do atual processo de produção de transcrições do processo de entrevistas de investigação (ROTIs), concentrando-se na conversão da forma oral para a forma escrita e na utilização de diferentes convenções de transcrição, o que nos permitiu investigar quais as alterações que exercem maior impacto em termos de qualidade probatória do produto final, com o intuito de introduzir alterações na prática e assim reduzir ou eliminar o efeito dessas alterações. As nossas conclusões sugerem que, perante transcrições de uma entrevista com a polícia, é significativamente mais provável (1) percecionar o entrevistado como ansioso e inquieto, (2) interpretar o comportamento do entrevistado como agitado, agressivo, defensivo e nervoso, (3) percecionar o entrevistado como pouco calmo e cooperante, e (4) considerar que a versão dos eventos do entrevistado não é verdadeira, contrariamente ao que acontece se ouvirmos a gravação áudio original. Além disso, os participantes identificaram (a) consistência, (b) seleção frásica e lexical, (c) emoção (choro/perturbação), (d) hesitação e/ou pausas como fatores relevantes que influenciam a perceção e interpretação do entrevistado e da sua história, o que é particularmente preocupante uma vez que as duas últimas características não integram atualmente o processo de transcrições policiais. Como mostra Haworth (2018), as transcrições podem diferir, em diversos aspetos, das gravações áudio originais que substituem, não só em palavras e frases, mas também conteúdo geral. As conclusões apresentadas neste artigo constituem um forte incentivo a mais investigação sobre a interação verbal em contextos legais e constituem um apelo à reforma do processo de transcrição das entrevistas policiais no Reino Unido.
Funding
Aston Institute for Forensic Linguistics
History
School
- Social Sciences and Humanities
Department
- Communication and Media
Published in
Language and Law/Linguagem e DireitoVolume
9Issue
1Pages
25 - 46Publisher
Universidade do Porto, Faculdade de LetrasVersion
- VoR (Version of Record)
Rights holder
© Felicity Deamer, et al.Publisher statement
This article has been published in Language and Law / Linguagem e Direito, Deamer, F. ., & et al. (2022). For the Record: Exploring variability in interpretations of police investigative interviews. Language and Law / Linguagem E Direito, 9(1). Retrieved from https://ojs.letras.up.pt/index.php/LLLD/article/view/12825. This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/). Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/).Publication date
2022-01-01Copyright date
2022eISSN
2183-3745Publisher version
Language
- en